Trabalhadores cruzaram os braços devido ao não pagamento de salários e do cumprimento do acordo sobre verbas rescisórias.

A Setim Home Life acionou a polícia para tentar impedir uma paralisação legítima dos trabalhadores, que entraram em greve na manhã desta segunda-feira. Os trabalhadores cruzaram os braços devido ao não pagamento de salários e do cumprimento do acordo sobre pagamento de verbas rescisórias. Os policiais ouviram dos trabalhadores que a greve é espontânea e vai continuar por tempo indeterminado até que o pagamento seja efetuado. O empreendimento está localizado na Rua Major Solon, Centro de Campinas. Os trabalhadores foram contratados pela Construtora Shaim Engenharia, que alega não estar recebendo o repasse de verbas da Setim.

Os trabalhadores estão na entrada da obra e não voltam ao trabalho enquanto a situação não for normalizada. “Eles são terceirizados e serve como exemplo dos aspectos negativos do PL 4330, que está tramitando no Congresso Nacional”, explica Francisco Aparecido da Silva, diretor do Sindicato da Construção Civil de Campinas e Região.

Segundo o diretor, a incorporadora Setin aceita pagar os direitos desde que a Shaim promova o processo de demissão dos trabalhadores. A Shaim, por sua vez, quer receber o pagamento da Setin para depois quitar as dívidas trabalhistas. “ Este é um exemplo claro que demonstra que o processo de terceirização não é tão simples, como os deputados defendem”, opina.