Nossa luta, nossa história!
No início do século, a categoria não tinha sindicato, a exploração era marca registrada na relação patrão/empregado, pois sem organização os operários ficavam em situação difícil. Porém após muita luta e resistência, acontece a fundação do Sindicato, em 1945 foi fundada a primeira Associação Profissional dos Trabalhadores pelo fundador e presidente Sr. Ângelo Cicotti, com sede alugada na Rua José Paulino nº. 1.111 – 4º andar, sala 46-47 – Centro – Campinas/SP, depois de três anos essa Associação deu origem ao Sindicato, a carta sindical foi concedida pelo Ministério do Trabalho no dia 19 de fevereiro de 1948, o sindicato ficou conhecido como sindicato mãe, pois depois de sua fundação outros sindicatos começaram a surgir em Campinas, a partir daí as coisas começam a mudar, nossa categoria passa a se organizar e travar duras batalhas contra os patrões e contra a exploração em geral, nosso sindicato se propõe a organizara classe trabalhadora na luta pela garantia e ampliação dos seus direitos, como também torna -se um instrumento de lutas contra quaisquer injustiças e desigualdades.
Nos anos 50 a cidade de Campinas, tinha poucas casas, pouquíssimos prédios, nosso sindicato e nossa categoria foram fundamentais para a construção e o crescimento de Campinas e região, pois como dissemos, o que não é obra da natureza tem a mão do trabalhador da construção, o sindicato também possibilitou maior eficiência no setor e paralelamente a isso despertou os trabalhadores para a luta de classes, preparando e construindo civis dispostos a melhorar a região e o mundo.
Em 1989 a diretoria eleita acaba com o presidencialismo no sindicato, pois este modelo de gestão e de políticas, prejudicava a organização democrática da entidade, a diretoria optou em ser colegiada, pois acreditavam que seria a melhor maneira de organizar o sindicato e praticar “democracia” junto com a categoria. O modelo colegiado adotado pela nossa diretoria é composto por 24 membros (diretores e diretoras), todos com os mesmos direitos e deveres, nesta composição estão os diretores de base, que se encontram e atuam diretamente nos seus locais de trabalho e os diretores liberados que também atuam diretamente nas bases gerais, mas também tem a responsabilidade de manter as políticas cotidianas gerais da entidade funcionando.
Com esse novo modelo de diretoria e de gestão, chamado colegiado os diretores se desprendem da máquina e passam a pensar e agir em busca de políticas gerais e de avanços o que possibilita melhorias para a categoria, nesse sentido em 1992 uma grande conquista acontece, o Projeto de Alfabetização de Adultos, um anseio dos trabalhadores, já que muitos deixaram de frequentar a escola muito cedo ou nem chegaram a frequentar, essa iniciativa deu vez para vários trabalhadores aprenderem a ler e a escrever, e construir uma nova vida, este projeto manteve-se ativo até o ano de 2010 e rendeu muitos frutos aos trabalhadores e a entidade.
Desde então, com essa visão pioneira e cheias de iniciativas a diretoria busca incansavelmente novos meios e métodos de dialogar com a categoria e mostrar que o sindicato é feito de trabalhadores, para trabalhadores e com trabalhadores, a direção atual está ciente que em tempos de robotização, que em tempos de novos métodos nas relações de trabalho e que em tempos de propagação das relações virtuais, o relacionamento humano, a presença humana precisará ser intensificada, precisará fazer-se mais presente e atuante, e para isso terão que usar a tecnologia para fortalecer a relação humana e com os trabalhadores.
A história do sindicato, é a sua história, é a minha história, é a história da classe trabalhadora, como já dissemos feita por nós, para nós e conosco, feita de pessoas simples e extraordinárias como as de alguns desses dirigentes sindicais, que passaram por aqui e que aqui, combateram o bom combate e contribuíram muito na incansável busca da construção de civis melhores para um mundo melhor.