TERCEIRIZAÇÃO RESPONDE PELA MAIORIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO
MPT 15ª Região recebeu mais de 1.200 denúncias de irregularidades na construção civil, somente no primeiro semestre de 2015
No primeiro semestre de 2015, o Ministério Público do Trabalho da 15ª Região recebeu dos municípios que abrangem a sua circunscrição, 1.224 denúncias de irregularidades no meio ambiente do trabalho na construção civil.
Para debater e encontrar soluções sobre este número e outros dados alarmantes de acidentes e mortes nas obras, a importância dos protocolos de segurança individual e coletiva e as relações de trabalho na construção civil, o Ministério Público do Trabalho (MPT) promove o seminário ‘Alerta à Construção Civil, Mais Prevenção, Mais Vida’, no dia 5 de agosto, das 8h30 às 17h no Vitória Hotel Concept Campinas (Avenida José de Souza Campos, 425, Cambuí).
O diretor do Sindicato da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região, Francisco Aparecido da Silva, vai compor um dos painéis de discussão.
Segundo ele, “o número de acidentes e inclusive de acidentes graves, com mortes, é sempre maior entre os terceirizados”. O diretor de ampara em dados do DIEESE: São 80% mais acidentes entre terceirizados. Me o número de acidentes e inclusive de acidentes graves, com mortes, é sempre maior entre os terceirizados.
Segundo dados divulgados no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho relativo ao ano de 2013, da Previdência Social, o Estado de São Paulo é o primeiro do ranking. Entre 2011 e 2013 foram registrados 2,15 milhões de acidentes em todo o país, levando a óbito 8.503 pessoas. Todos os anos, 717.500 trabalhadores sofrem lesões graves, incapacitantes e até mesmo fatais durante a jornada laboral. Em média, 2.800 trabalhadores morrem todos os anos. Na região Sudeste foram mais de 1,17 milhão de casos registrados, ou 54% do total, seguida pela região Sul, com 22%, e pelo Nordeste, com 13%. O Centro-Oeste teve alta de 6,3% no mesmo período. As demais regiões sofreram variações mínimas, com queda de 1,5% no Norte. No Brasil, como um todo, o número de acidentes caiu 0,3% e o número de óbitos teve queda de 5%.
A constatação do próprio MPT não deixa dúvida de que a causa real dos acidentes de trabalho é a sede de lucro das empresas. Por um lado, a produção acelerada para atender aos prazos, por outro, máquinas sem condições seguras de uso levam os trabalhadores à carnificina na construção civil e na indústria. É preciso que os próprios trabalhadores controlem seus locais de trabalho, façam eles próprios a fiscalização das máquinas e equipamentos e determinem os ritmos da produção, para que os interesses do patrão não sigam mutilando e tirando a vida dos trabalhadores.
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