CAMPINAS PELA DEMOCRACIA E CONTRA O GOLPE
Sindicato da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região esteve presente nas manifestações em apoio à presidente Dilma Rousseff e a democracia
Manifestações em apoio à presidente Dilma Rousseff aconteceram em ao menos 25 Estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira (20). Em Campinas o Sindicato da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região esteve presente.
Os nomes mais criticados nos protestos foram os do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi denunciado formalmente pela Procuradoria Geral da República nesta quinta-feira por denúncia de propina; e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cuja política econômica tem reduzido benefícios dos trabalhadores.
Os atos do dia são uma resposta dos movimentos de esquerda às manifestações ocorridas no domingo (16) em todo o Brasil, com o principal objetivo de reivindicar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Contra Cunha
Organizado por diversos movimentos sindical e sociais, o ato começou com um minuto de silêncio em homenagem aos 19 assassinados na chacina de Osasco. O nome de todas as vítimas foi anunciado.
Ainda na concentração do ato, os milhares de manifestantes foram informados de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi denunciado por corrupção. Alguns grupos começaram a gritar: “eu já sabia”. O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, ironizou o fato e criticou a falta de coerência dos movimentos de direita que chamaram os atos do último domingo (16).
“Rechaçamos a indignação seletiva desse bando de ignorantes que vai até a avenida Paulista protestar contra corrupção, mas que corre abraçado com o Eduardo Cunha, um corrupto”, explicou Boulos.
Bonecos de Cunha, dos senadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), além do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram carregados pelos manifestantes, que ironizaram os quatro cantando o clássico “Se gritar pega ladrão”, do sambista Bezerra da Silva.
Golpe com sotaque
As práticas utilizadas para tentar dar o golpe na presidenta Dilma não representam uma novidade na América do Sul. “Contra Rafael Correa, no Equador, contra Cristina (Kirchner), na Argentina, contra Evo (Morales), na Bolívia, e contra Maduro (na Venezuela), a direita agiu da mesma forma. Utilizando os meios de comunicação e cooptando o judiciários, as direitas tentaram derrubar diversos governos populares”, lembrou Victor Báez, secretário-geral da CSA - Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas.