10 mil trabalhadores protestam em frente a sede da Petrobrás pela continuidade da obra do Comperj
Sindicato e prefeituras pedem a retomada do ritmo das obras. Apenas esse ano mais de 10 mil trabalhadores foram demitidos das obras do Complexo
Cerca de 10 mil trabalhadores protestaram em frente à sede da Petrobrás pela continuidade da obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Itaboraí em conjunto com as 15 Prefeituras que compõe o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste).
Marcos Aurélio Hartung, secretário de políticas sindicais e relações de trabalho da Conticom e do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Itaboraí (Sintramon), explicou que desde que se iniciaram as investigações da Lava a Jato o corte nos investimentos no Complexo foi brutal “estamos reivindicando a continuidade da obra do Comperj, a volta dos empregos. Desde o início do ano foram demitidos mais de 10 mil trabalhadores. A obra é de imensa importância, pois gera milhares de postos de trabalho nas cidades do entorno e depois de concluída continuará gerando, mas atualmente anda em ritmo de tartaruga, com apenas 6 mil trabalhadores”.
Para o Conleste somente a conclusão da primeira refinaria (Trem 1) do Comperj vai gerar uma arrecadação mensal de R$ 296 milhões de ICMS para os cofres do estado, beneficiando diretamente às prefeituras da região, que decretaram ponto facultativo por conta da manifestação.