Quem é contra impeachment vai às ruas no próximo dia 16
São Paulo e Brasília são prioridade para construir grandes mobilizações, com milhares de democratas e nacionalistas.
Representantes de diferentes movimentos populares - Foto: Roberto Parizotti
Todos que defendem a democracia e a legalidade do mandato de Dilma Rousseff presidenta têm encontro marcado no próximo 16 de dezembro, quando os democratas e nacionalistas de todas as cores irão às ruas para manifestar seu repúdio ao processo de impeachment.
Em São Paulo, a mobilização de rua vai acontecer a partir das 17 horas na Avenida Paulista, numa caminhada que chegará até a Praça da República.
A data foi combinada nesta segunda-feira, dia 7, após debates democráticos entre as entidades que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Brasil Sem Medo, que são integradas, cada uma à sua maneira, por movimentos sociais de todos os estratos populares da sociedade, pelas centrais e seus sindicatos filiados e por partidos políticos.
As duas frentes pretendem reunir também aqueles que, embora não filiados e não militantes, acreditam que a quebra da ordem democrática vai prejudicar o povo, a classe trabalhadora, enfim, aqueles que dependem do suor de seus rostos para sustentar suas famílias e a si mesmos.
A decisão sobre o dia da mobilização foi oficializada em reunião no Sindicato dos Bancários de São Paulo, que analisou propostas debatidas em encontros anteriores, formuladas por um amplo espectro político.
Entre as lideranças presentes ao encontro, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, a presidenta da UNE, Camila Vitral, o coordenador da CMP, Raimundo Bonfim, e o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo. Na mesa, representantes dos movimentos feministas, negro, LGBT, de moradia, ambientalista e outros.
A ideia é fazer manifestações onde possível, porém com o cuidado de concentrar esforços especialmente em São Paulo e Brasília, com o objetivo de construir mobilizações de rua com milhares de pessoas em cada local.