Com golpe em curso no País, Rede de Comunicação Sindical da CUT/SP define estratégias de atuação
A Secretaria de Comunicação da CUT São Paulo realizou mais uma reunião com os integrantes da Rede de Comunicação Sindical
No encontro (Rede de Comunicação Sindical da CUT/SP), os participantes discutiram o atual momento político do Brasil, que coloca em risco direitos sociais e trabalhistas conquistados nos últimos anos, e pensar ações conjuntas de produção de conteúdos que alertem a população sobre os riscos de um governo ilegítimo do golpista Michel Temer (PMDB).
A Rede é uma iniciativa que reúne dirigentes, jornalistas e secretários de Comunicação dos sindicatos, federações e subsedes cutistas com o objetivo de fortalecer as estratégias de comunicação dos canais de informação sindical.
Secretária de Comunicação da CUT/SP, Adriana Magalhães falou sobre as estruturas e ferramentas que a Central dispõe para colaborar na divulgação das atividades da rede sindical. “As CUTs estaduais tem a possibilidade de produzir conteúdo, cobertura local e divulgar o que acontece com as categorias, mas fundamentalmente ela existe para potencializar as ações dos sindicatos e fazer essa articulação em rede”.
Já o secretário-adjunto de Comunicação da CUT Nacional, Admirson Medeiros Ferro, o Greg, lembrou o desmonte dos canais da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) que o governo ilegítimo tem realizado, como as demissões de funcionários da TV Brasil, enfraquecendo a comunicação pública, uma das poucos plurais do País.
“A gente ficou esse tempo todo brigando pela democratização da comunicação no País, pedindo um Marco Legal para garantir maior neutralidade nas notícias, e nos esquecemos de construir os nossos canais alternativos”, disse Greg, ao afirmar ser preciso ressignificar o papel da comunicação sindical para dar conta de fazer o enfretamento da mídia corporativa.
Presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo disse que o fortalecimento da comunicação sindical é um dos debates da Central. “É um setor estratégico na luta não só pra organização dos sindicatos, dos trabalhadores, mas também da luta que propusemos a fazer, que é a construção de um projeto político popular para mudar São Paulo”.
Nas discussões, os participantes trouxeram propostas de trabalho conjunto utilizando, principalmente, as redes sociais como forma de aproximação entre todos. A CUT/SP possui mais de 300 sindicatos filiados.
Os integrantes também acordaram fortalecer produções de conteúdos que detalhem, de forma mais objetiva, o “Ponte para o Futuro”, documento elaborado pelo PMDB para orientar o “governo” Temer em suas ações e que aponta para o fim dos direitos fundamentais, privilegiando os setores da elite brasileira.
Na reunião desta terça, estiveram presentes representantes das subsedes, federações e sindicatos dos mais variamos ramos.
A Rede de Comunicação Sindical foi instituída pela CUT/SP em março deste ano para fazer a defesa da democracia e dos direitos. Entre as ações já realizadas, está uma oficina de mobilização pelas redes sociais.