Prazo para sacar PIS/Pasep é prorrogado

30/09/2016

Benefício de um salário mínimo vale para quem trabalhou com carteira em 2014

O acesso a uma conquista que o governo golpista de Michel Temer  ainda não retirou foi ampliado. O prazo para o saque do PIS/Pasep, que terminava em 31 de julho, foi prorrogado para 31 de dezembro deste ano.

Todo trabalhador que teve a carteira assinada por ao menos 30 dias e recebeu uma medida de até dois salários mínimos em 2014 tem direito a sacar R$ 800. Também precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos) e ter os dados corretamente cadastrados pelo empregador na RAIS (Relação Anula de Informações Sociais).

Caso o benefício não tenha sido diretamente depositado na conta, trabalhadores em regime CLT devem ir até uma agência da Caixa Econômica ou Lotérica, caso possua o Cartão Cidadão. Se não tiver, pode sacar na Caixa com a apresentação de um documento de identifidade.

Os concursados devem comparecer a uma agência do Banco do Brasil com um documento de identificação. Mais informações estão disponíveis na Central de Atendimento Alô Trabalho (158), na Caixa (0800 726 0207) e no Banco do Brasil (0800 729 00010). Também é possível fazer a consulta sobre o acesso ao direito clicando aqui.

A prorrogação foi resultado de uma cobrança da bancada dos trabalhadores no conselho do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) devido a mais de um milhão de pessoas ainda não terem sacado o benefício.

Secretário de Administração e Finanças da CUT e conselheiro do Codefa (Conselho do FAT), Quintino Severo, destaca que, apesar de o representar a injeção de R$ 1 bilhão na economia,  também é um direito que está em risco sob o governo Temer.

“O PIS/Pasep é constitucional, para fazer alteração ou retirá-lo é necessária uma alteração na Constituição. Evidentemente, dadas as características desse governo golpista, de entrega ao sistema financeiro, imaginamos que muitos ataques a conquistas como essa virão, até como resposta aos empresariado que apoiou e financiou o golpe. Agora é hora de cobrar a conta. Mas estamos vigilantes e acreditamos que a resistência, não só no conselho, mas também nas ruas, impedirá esse retrocesso”, disse.