O Brasil vai parar no dia 28 de abril
Trabalhadores/as de todas as categorias profissionais da CUT aprovaram a participação na greve geral contra o fim da aposentadoria e da CLT
Nos 27 estados, no Distrito Federal e em centenas de cidades do interior, aderiram à paralisação do dia 28 de abril, trabalhadores dos transportes públicos (ônibus, metrôs e trens), portuários e aeronautas (pilotos, co-pilotos e comissários de voos), petroleiros, professores, metalúrgicos, químicos, bancários, entre outros.
Somente o Sistema Petrobrás vai parar por 24 horas as atividades nas principais unidades da empresa em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará. Já os aeronautas, definiram em assembleias realizadas nesta segunda-feira (24) em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre entrar em “estado de greve” nos aeroportos. E, na quinta-feira, 27, realizam novas assembleias para ratificar adesão à greve geral.
Nove centrais participaram da greve geral
A greve do dia 28 de abril foi convocada pela CUT, CTB, Intersindical, CSP/Conlutas, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSB e CGTB para defender os direitos da classe trabalhadora ameaçados pelas propostas do governo Temer de fazer uma reforma Previdenciária que vai impedir ou dificultar ainda mais a aposentadoria e uma reforma Trabalhista que praticamente acaba com os direitos garantidos na CLT.
Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o governo tem de retirar os projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e abrir uma negociação tripartite. “Do jeito que está, não há o que negociar. E Temer não quer negociar de fato, quer atender às exigências dos empresários que financiaram o golpe justamente para acabar com a previdência pública e legalizar a exploração dos trabalhadores.”
Para Vagner, medidas como a ampliação do contrato temporário (mais de nove meses sem direito a férias, 13º e seguro-desemprego, entre outros direitos) e a aprovação da terceirização sem limites representam a volta do trabalho escravo no Brasil. O dirigente lembra que, a cada 10 trabalhadores resgatados pelos fiscais que combatem o trabalho escravo, nove são terceirizados.
Veja abaixo a lista das categorias profissionais da CUT-SP que já aderiram à Greve Geral*
• Metroviários de São Paulo
• Rodoviários de São Paulo, Guarulhos (paralisação de 24 horas com contingente de 30% das frotas), Santos, Campinas, Sorocaba e região)
• Ferroviários linhas 11 e 12 da CPTM – Assembleia hoje, mas há indicativo de paralisação
• Portuários de Santos
• Professores da Apeoesp (rede Estadual)
• Professores do Sinpeem (rede municipal) – Assembleia em frente à Prefeitura, às 15h
• Professores da rede particular (Sinpros)
• Professores Poá
• Professores Francisco Morato
• Professores Jundiaí
• Professores estaduais, municipais e universitários de Sorocaba
• Sintusp – trabalhadores da USP
• Químicos da Zona sul da capital, Cotia, Barueri, Osasco, São Bernardo do Campo
• Metalúrgicos do ABC, Jundiaí, Sorocaba, São Carlos e Vale do Paraíba
• Bancários de São Paulo, Osasco e região; Mogi das Cruzes; Campinas; Sorocaba
• Petroleiros das Refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri , São Caetano, Ribeirão Preto, São Sebastião e Caraguatatuba
• Comerciários de Osasco e Sorocaba
• Municipais de São Paulo
• Guarda Civil e UBS’s de Jundiaí
• Empresa Brasil de Comunicação (EBC) - aprovaram estado de greve com indicativo de paralisação no próximo 28 de abril
• Construção Civil de Bauru e Botucatu
• Eletricitários de Campinas
• Correios de São Paulo
• Trabalhadores da Saúde e Previdência do Estado de São Paulo
• Trabalhadores de Asseio em Conservação e Limpeza Urbana da Baixada Santista
• Trabalhadores em entidades de assistência à criança e ao adolescente