Bolsonaro e o negacionismo, em um discurso mais brando.

Por: André Oliveira  -  21 de setembro de 2021

Em discurso na terça feira 21 de Setembro, o Presidente Jair Bolsonaro fez a abertura da 76ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, adotando um tom mais moderado nas palavras, mas não menos negacionista, espalhou vários dados distorcidos e mais uma vez defendeu o tratamento precoce mesmo com comprovação de ineficácia do tratamento em diversos estudos.

Recentemente a Revista Cientifica Nature, fez a publicação de um estudo que abrange 30 pesquisas e mais de 10 mil pacientes e os resultados analisados foram comprovados nos grupos de testes do medicamento e nos grupos de controle uma variação ínfima dos casos de cura e de óbito, trazendo a conclusão no meio especializado de que o tratamento não é eficaz nem tão pouco recomendado.

Não se limitando a uma atitude que prejudica o bom andamento da saúde publica no Brasil o presidente ainda informa que desde a sua posse não houve casos de corrupção no país, apesar de uma CPI em andamento que já possui um conjunto probatório robusto e relatório quase finalizado apontando diversos possíveis crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente tanto na má gestão do país durante a pandemia quanto na tentativa de acobertar os casos de rachadinha da qual seus filhos são investigados.

Vexame e escárnio com o orgulho dos brasileiros, nesse momento de alta inflacionária utilizar um palanque tão visível e de tanto prestigio que o Brasil conquistou a duras penas na ONU para propagar fakenews e bravatas políticas pensando na campanha eleitoral de 2022.