Lucro para empresas e prejuízo para o trabalhador
Americana passando aperto na mão das empresas de ônibus.
Por: André Oliveira
Desde sempre o trabalhador no Brasil foi relegado às periferias das cidades, e com essa situação encontramos vários outros problemas correlacionados a essa moradia periférica, o Estado como provedor de garantias públicas geralmente consegue estender seus braços em áreas mais nobres, em regiões que se quer tem uma necessidade imediata desses serviços, e chega fortemente com seu braço armado de segurança pública nessas regiões periféricas, gerando mais violência na vida desses moradores que é composta em sua maioria esmagadora por trabalhadores que servem os centros nos seus horários de trabalho.
É muito conveniente para o estado colocar escolas modelos em áreas nobres da cidade ou em regiões centrais onde o acesso das classes mais abastadas é facilitado, pois não dependem de transporte público, não tem horas de trabalho exageradas e não demandam duas, três horas para chegarem as suas casas, e é nesse ponto que gostaria de chegar, o transporte coletivo. Modelo em vários desenvolvidos e principal meio de locomoção inclusive dos mais abastados o Brasil sofre na mão de grandes Oligopólios que dominam a prestação de serviço e entregam veículos sucateados, sem condições de circulação e em quantidade inferior ao estipulado nas licitações, com isso chegamos ao caso da cidade de Americana, onde a concessionária de transportes públicos da cidade a empresa SOU Americana vem descumprindo com o contrato firmado com a administração pública local, hoje em circulação na cidade temos a presença de 48 veículos, que foram acrescidos recentemente com uma frota que rodava até então com 35 veículos, em contrato com a prefeitura a previsão era de 65 veículos atendendo a população da cidade, a prefeitura sempre responde que está fazendo o possível, fiscalizando, pressionando as empresas a cumprirem seu papel, mas todos que utilizam o transporte público sabem que as ações são muito discretas ou inexistentes.
Os caciques dos transportes públicos, principalmente na área de abrangência do Sindicato dos Trabalhadores na construção de Campinas, estão perpetuados a varias décadas nos serviços que ocupam, e não trazem melhorias efetivas no transporte, o grupo Belarmino que comanda boa parte do transporte da RMC cada dia que passa entrega um serviço mais caro e sem qualidade as trabalhadoras e trabalhadores que são reféns de tarifas altas e transporte ruim, e tudo fica por isso mesmo, entra gestão sai gestão e as farras dos transportes públicos continuam prejudicando o trabalhador e dificultando a vida já tão difícil dessas mulheres e homens que precisam passar muito mais tempo utilizando o serviço que as classes mais abastadas das cidades.