Alta do preço do Gás de Cozinha
Trabalhadores estão se ferindo e morrendo utilizando métodos alternativos para cozinhar.
Por: André Oliveira
Acompanhamos no ultimo dia 02 de setembro o caso de Geisa Estefanini, 32, que sofreu graves queimaduras utilizando álcool combustível para cozinhar, infelizmente mais essa trabalhadora veio a óbito decorrente desse acidente, o motivo de utilizar o álcool combustível para cozinhar era que a mesma não possuía condições financeiras para comprar o botijão de gás normalmente utilizado para esse fim, os casos de utilização do álcool combustível ou até de lenha vem se tornando cada vez mais comuns e causando muitos acidentes domésticos que poderiam ser evitados facilmente com uma política de preços mais humana.
O aumento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha tem seguido uma política rentista e abusiva com a população brasileira, que ao custo dos mais pobres garante lucros exorbitantes à acionistas da Petrobras, responsável pelo monopólio dos combustíveis no país, a Agencia Nacional do Petróleo (ANP), responsável por regulamentar o mercado informa um aumento de 30% nos preços do Gás de Cozinha, saltando do patamar médio de R$ 75,29 no final de 2020 para mais de R$ 100,00 nos últimos dias, o preço médio da cidade de Campinas encosta nos R$ 105,00 reais.
Com todos esses fatos expostos e a necessidade de barateamento do gás de cozinha que é um item básico a sobrevivência do trabalhador, o Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou o projeto de lei 1374/21 que foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue para apreciação do Senado, o mesmo dispões sobre o desconto de 50% do valor do preço do gás de cozinha para a população de baixa renda, o projeto prevê o desconto do gás para as famílias que estão cadastradas no CadUnico, com renda familiar per capta menor ou igual a meio salário mínimo.
Caso aprovado o projeto as famílias receberão através de credito pecuniário, que é o valor disponibilizado através de um cartão que poderá ser usado para compra do gás de cozinha, dando um alivio nas contas do trabalhador, já falamos anteriormente sobre a política de paridade de preços internacionais da Petrobras, mas cabe reforçar que não existe motivo plausível para tal política a não ser dar aos acionistas da Petrobras mais lucros, numa empresa publica que deveria servir a população e não a meia dúzia de acionistas.