Os poetas anônimos da construção.

Hoje dia do poeta, não poderiamos deixar de fazer essa homenagem, nossa categoria é composta por muitos dos que utilizam de suas lutas e percalços diarias para escrever e transformar a vida em poesia.

Irmã Dorothy*

As mãos erguidas em punho,
Fazem as correntes quebrarem,
A voz que bem forte ecoa,
faz a justiça brotar.
A bala que fere o peito,
mais tarde terá um destino,
O sangue que escorre na terra
Nascerá o Fruto na aurora
Que os deuses protejam a floresta!!!
E os rios da poluição!!!
E que todas as cercas de arame
Que dividem a terra,
Caiam definitivamente no chão...
Pois a terra pertence aos trabalhadores,
Que produzem o pão.

José da Silva Oliveira (Zezinho)

*Assassinada em 12 de Fevereiro de 2005 no Amapá/PA, por defender os lavradores e ser conta a destruição da floresta amazônica.