Por: André Oliveira

O dia do trabalhador da construção civil é um dia de muita reflexão especialmente esse ano em meio a uma pandemia e os desdobramentos da mesma, as empresas estão cada vez mais sucateando os trabalhos em canteiros de obras, conforme escrevemos na matéria de domingo 24 de outubro, o trabalhador de construção civil exerce uma função de extremo esforço físico e gera uma riqueza imensa num país que o imóvel é cotado a preço de ouro.

Foto: Jay ee / Trabalhador da construção civil montando andaime.

Não só hoje como em todos os dias do ano, nós trabalhadores devemos cuidar da nossa saúde física e mental, lembrando sempre que os baixos salários e as altas metas estipuladas devem ser combatidos, a união do trabalhador com seu Sindicato se mostra muito importante em momentos chave como a greve dos trabalhadores da MRV que esse sindicato participou, ali vimos que a força do trabalhador somado a força do sindicato tem a capacidade de mudar uma realidade, saímos de um PLR de R$ 390,00 reais para um PLR de R$ 700 reais referente a 2020 e R$ 830,00 referente a 2021, mas a luta não para com um objetivo conquistado, o Sindicato mobiliza os trabalhadores o tempo todo pois somente assim conseguiremos conquistar algo e acima de tudo, não deixar regredir os direitos já adquiridos pela categoria.

Muitos trabalhadores não sabem como a negociação com os sindicatos patronais se desdobram, mas vamos usar esse dia especial pra explicar um pouco mais do funcionamento sindical para todos os trabalhadores abrangidos por nossa base.                                                   

O sindicato patronal é composto por empresários, proprietários de empresas, assim como o sindicato dos trabalhadores é composto por trabalhadores de construção civil, e sem o medo de ser mandado embora, pois a legislação trabalhista protege com estabilidade o diretor sindical os mesmos sentam a mesa para negociação do acordo coletivo que ficará vigente pelo próximo ano, o que muitos trabalhadores não sabem é que os sindicatos patronais tem feito um esforço tremendo no sentido de reduzir os benefícios já garantidos nas convenções anteriores, e com a reforma trabalhista de 2017 do governo Temer foram retiradas as garantias de manutenção desses benefícios, então para que todos saibam da gravidade, os vales estão sujeitos a não ter mais, clausulas como complemento de salário, equipamentos de proteção adequados, protetor solar, abono por aposentadoria, entre outros, mas o sindicato se mantém firme negociando e zelando por todos os diretos já adquiridos em convenções anteriores.

Foto: Antony Fomin / Trabalhador da construção civil em serviço de altura.

Lembrem-se sempre, somente a união dos trabalhadores pode mover a montanha que é a negociação dos acordos, e com pressão sabemos que conseguiremos melhorias.