Diretores do Sindicato participam de Ato em Repúdio ao Golpe Militar de 1964

11/03/2014

Diretores do Sindicato participaram nesta segunda-feira, dia 31, de um ato em Campinas para lembrar os 50 anos do golpe militar

Diretores do Sindicato participaram nesta segunda-feira, dia 31, de um ato em Campinas para lembrar os 50 anos do golpe que depôs o presidente João Goulart, em 1964. Sindicatos, movimentos sociais, entidades e estudantes participarm do “Ato de Repúdio ao Golpe Militar”.

 
Os integrantes do movimento lembram que, nas pouco mais de duas décadas de repressão, 200 mil oposicionistas ao regime foram detidos, 11 mil foram acusados nos inquéritos das auditorias militares, cinco mil foram condenados e 10 mil brasileiros tiveram que se exilar. Os manifestantes exigem que o Estado brasileiro esclareça todos os crimes cometidos pelo regime militar e crie condições para que os seus autores sejam efetivamente punidos.

Com o golpe militar de 1964, contudo, os sindicatos e sindicalistas foram duramente reprimidos, limitaram a Lei de Greve e substituíram a estabilidade no emprego pelo Fundo de Garantia, dentre outras medidas. Em 1968, em Osasco, São Paulo e Contagem, os trabalhadores se levantaram em greve de grande envergadura. Em1970 surgiram novas lideranças sindicais e, a partir de 1980, os trabalhadores rurais das usinas de açúcar e álcool, no Nordeste e São Paulo, e das plantações de laranja do interior de São Paulo, juntaram-se aos desempregados, e sob a influência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de partidos de esquerda e de poucos parlamentares progressistas, organizaram-se em movimentos a exemplo do Movimento dos Sem Terra (MST). Apesar das centenas de mortes, muitas deles sem punição, em defesa da terra, esses trabalhadores persistem na realização da justiça social.